Plataforma de Litigância Climática no Brasil

A Plataforma de Litigância Climática no Brasil é uma base de dados desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa Direito, Ambiente e Justiça no Antropoceno (JUMA) que reúne informações sobre litígios climáticos nos tribunais brasileiros. Para uma melhor compreensão sobre a classificação dos casos, acesse nossa metodologia e nossas publicações.
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PT



[Lote de casos] Ministério Público Federal vs. Diversos réus (Amazônia Protege - 4ª fase) – 195 ações

Informações gerais

Tipo de ação: Ação Civil Pública (ACP)

Polo ativo: Ministério Público Federal (MPF)

Tipo de polo ativo: Ministério Público Federal

Polo passivo: Diversos réus

Link para website de consulta do tribunal de origem: https://www.trf1.jus.br/trf1/home/

Número de Processo de Origem: Vide documento anexo

Órgão de origem: Tribunal Regional Federal ou Juiz Federal

Abordagem do clima: Argumento contextual

Abordagem da justiça ambiental e/ou climática: Inexistente

Alinhamento da demanda à proteção climática: Favorável

Distribuição por Estado
Estado Quantidade
Amazonas (AM) 44
Mato Grosso (MT) 25
Pará (PA) 88
Rondônia (RO) 38
Tipo de polo passivo
Tipo Quantidade
Indivíduos 193
Empresas 19
Sociedade civil 1
Biomas
Bioma Quantidade
Amazônia 195
Setores de Emissões de GEE
Resumo

Trata-se de um agrupamento de 195 Ações Civis Públicas (ACPs) ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da quarta fase do Projeto “Amazônia Protege”, coordenado pela 4ª Câmara do Ministério Público Federal e que busca, dentre outros objetivos, a reparação do dano ambiental causado por desmatamentos ocorridos na Amazônia. As ações foram propostas em face de diversos réus, entre eles pessoas físicas e jurídicas, responsáveis por desmatamentos ilegais em polígonos iguais ou superiores a 60 (sessenta) hectares durante os anos de 2020, 2021 e 2022, nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso. As ações foram propostas com base em monitoramento de desmatamento via satélite e têm como objetivo responsabilizar, individualmente, tanto os responsáveis pelo desmatamento quanto aqueles que de alguma forma se aproveitam economicamente de sua realização, como os titulares das áreas desmatadas O MPF utilizou-se de bancos de dados públicos para identificar os responsáveis pelos danos ambientais utilizando dados do Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), do Sistema Nacional de Certificação de Imóveis Rurais (SNCI) e do Programa Terra Legal, todos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), do Cadastro Ambiental Rural (CAR), além dos dados de Autos de Infração e Embargos das áreas (quando existentes).
As ações têm como fundamento a proteção constitucional do meio ambiente, a responsabilidade civil propter rem por danos ambientais decorrentes do desmatamento, incluídos os danos climáticos e danos morais coletivos. Mencionam expressamente, as emissões não autorizadas de Gases de Efeito Estufa (GEE) propiciadas pelo desmatamento ilegal da área. Requer-se, dentre os pedidos finais: i) a condenação dos réus em obrigação de pagar quantia certa, correspondente ao dano material derivado do desmatamento; ii) a condenação dos réus em obrigação de pagar quantia certa, correspondente à indenização pela emissão ilegal de CO2 na atmosfera, com a aplicação do protocolo para julgamento de ações ambientais do CNJ, adotando o valor de U$5,00/tCO2; iii) a condenação dos réus em obrigação de pagar quantia certa, correspondente ao dano moral difuso, iv) a recomposição da área degradada mediante sua não utilização para que seja propiciada a regeneração natural, bem como apresentação de Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); v) a reversão dos valores da condenação para os órgãos de fiscalização federal (IBAMA e ICMBIO) com atuação nos respectivos estados.

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Timeline do Caso

11/2024

Lista de casos

11/2024

Petição Inicial


Documentos do Lote

Tipo de Documento

Petição Inicial

Origem

Ministério Público Federal (MPF)

Data

11/2024

Breve descrição

Petição inicial representativa do grupo de 195 Ações Civis Públicas (ACPs) ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da quarta fase do Projeto Amazônia Protege. Requer-se, dentre os pedidos finais: i) a condenação dos réus em obrigação de pagar quantia certa, correspondente ao dano material derivado do desmatamento; ii) a condenação dos réus em obrigação de pagar quantia certa, correspondente à indenização pela emissão ilegal de CO2 na atmosfera, com a aplicação do protocolo para julgamento de ações ambientais do CNJ, adotando o valor de U$5,00/tCO2; iii) a condenação dos réus em obrigação de pagar quantia certa, correspondente ao dano moral difuso, iv) a recomposição da área degradada mediante sua não utilização para que seja propiciada a regeneração natural, bem como apresentação de Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); v) a reversão dos valores da condenação para os órgãos de fiscalização federal (IBAMA e ICMBIO) com atuação nos respectivos estados.

Arquivo disponível




Tipo de Documento

Lista de casos

Origem

JUMA/PUC-Rio

Data

11/2024

Breve descrição

Lista com as informações das 195 ACPs mapeadas ajuizadas na quarta fase do Projeto Amazônia Protege.

Arquivo disponível